RESENHA – SCAPE ROOM

Não há como assistir SCAPE ROOM e não comparar com JOGOS MORTAIS, é a mesma linha de montagem e raciocínio, tão claustrofóbico quanto, porém passa longe de ser o horror de Jig Saw e passa mais pelo suspense psicológico nesse caso, digamos que algo mais elaborado e grandioso na forma em como é feito.

Há como fazer a comparativa também nos momentos de tensão que vão do inicio ao fim, e sem tirar de dentro, segue uma montanha russa de emoções que prendem os olhos na tela e a respiração ofegante o tempo todo, a ponto do espectador se sentir dentro do jogo e tentar junto dos personagens, decifrar os mais difíceis códigos e charadas do decorrer do filme.

A grande sacada é que não há um protagonista, mas em cada ambiente do game, tudo muda a todo tempo e cada um dos personagens tem seu momento de brilho.

O jogo de peças vivas conta com uma trilha sonora simples mas na medida certa e que ajuda muito no impacto, os cenários do jogo são super bem elaborados e dão um brilho a mais ás cenas.

SCAPE ROOM funciona bem, afinal, situações absurdas sempre chamam a atenção do público sem muito esforço, sem abuso de sangue ou grandes sustos, o clima de Escape Room nunca deixa de intrigar pela expectativa do que virá a seguir, de forma dinâmica a ideia é simplesmente ir avançando sala por sala e se manter vivo, sem virar algo maçante.

Apesar de ser um bom filme, faltou habilidade de roteiro e direção para encerrá-lo de forma positiva, foi apressado e muito mal elaborado, parecendo que a única ideia era linkar uma continuação extremamente óbvia e falha, é exatamente o que acontece, deixa a desejar e transforma tudo num final totalmente artificial e que acaba jogando na cara que mais uma vez foi totalmente inspirado no grande Jig Saw, só que dessa vez, de forma bem barata, apesar de todo aparato tecnológico que o envolve, acaba sendo pobre.

Do mais, vale curtir, nada diferente cinematograficamente falando, mas um bom suspense enigmático pra quem gosta de um bom jogo de pistas, perguntas e respostas.

Borba Martini – Critico de Cinema & Teatro

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