RESENHA – MEDO PROFUNDO, O SEGUNDO ATAQUE.

 

Partindo da premissa, que ninguem se arriscaria a fazer mergulho onde existam tubarões assassinos, uma trupe de garotas decidem sair do tédio de uma excursão de escola mergulhando em águas perigosas de uma ilha paradisíaca, para uma tumba submersa maia, dos antigos Xibalbas, o que não sabem, é que existem grandes brancos, dessa vez, cegos, por viver num local escuro, quase que uma fossa abissal, dentro disso é dado o roteiro, a partir daí, é só a boa e velha claustrofibia de filmes do gênero, diante de uma saída debaixo dágua e com os cilindros de oxigênio se esgotando.

É mais um terror submarino, desses que deixa o espectador preso, por conta do som abafado, tentativas frustradas de burlar os tubarões e as boas e velhas cenas de ataques aos humanos, dessa vez, com boas tomadas em câmera lenta, mas que não fogem dos filmes ja feitos desse mesmo gênero.

Diante de um roteiro fraco, e tentativas de frustradas de se criar algo diferente, o Diretor parece que apelou mesmo pras cenas de sustos repentinos, daqueles bem clichês e com uma trilha sonora que afeta os ouvidos do espectador, o diretor Johannes Roberts usa e abusa de jump scares e do efeito slow motion para criar momentos de pura tensão e suspense. Além disso, a fotografia do filme não deixa a desejar, criando belos cenários paradisíacos de encher os olhos, dos poucos pontos positivos do longa.

Pra quem gosta de filmes de tubarões, como eu gosto muito, vai curtir ver as feras diferenciadas, pelo fato de viverem num local escuro e serem cegos, além de terem muitas marcas de ferimentos ao longo de suas cartilagens, nesse ponto, os efeitos visuais sâo bons, mas pra quem gosta de um bom enredo, esse não é o filme indicado, pelo contrário, o enredo e condução, são extremamente rasos, com atuações bem medianas do grupo de garotas perdidas nos labirintos submersos.

Está longe de ser melhor que o primeiro, ou até mesmo, um dos melhores filmes de tubarão, tirando o fato de amarrar o espectador, por conta de ser um filme que se passa o tempo todo girando na ação de tentativa de fuga e salvação, o que não se diferencia de nenhum outro já criado nos últimos tempos, e sempre utilizando a mulher como principal presa dos grandes tubarões.

Tudo indica que essa saga, seja esticada por mais alguns anos, uma porquê vendem, outra porque esse tipo de tema só vem crescendo no cinema, visto que Predadores Assassinos, mesmo que tenha sido outro filme raso, fez sucesso, logo, veremos essa mesma trama sendo criada com outros bichos por aí, do mais, vale curtir o combo de pipoca doce no cinema.

Borba Martini – Critico de Cinema & Teatro

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