RESENHA – MALIGNO

 

É sobre tensão que vamos falar? então tome uma surra de tensão com MALIGNO, uma obra de roteiro e direção, perfeita pra quem gosta de uma boa mistura de terror psicológico com suspense e uma boa dose de tensão.

Um velho filme de crianças assassinas, com uma nova roupagem, menos clichês e mais propriedade e identidade, assim corre o longa, com um assassino do passado, reencarnado numa criança pura no presente, isso ja é mostrado de cara logo na primeira cena, entre a morte e o nascimento, numa tomada de câmera com toda ênfase num detalhe que merece toda a atenção do espectador, desde então você vai achar que ja matou a charada do filme todo, e essa é a maior sacada, porque nada do que se imagina, de fato acontece.

O protagonista, ou antagonista Miles, é extremamente bem encarnado pelo pequeno e novato ator mirim Jackson R. Scoth, que da um show de interpretação com dupla personalidade e falas que por vezes são extremamente pesadas, carregando ao seu lado a mãe, que vive o principal conflito do filho com dupla personalidade, ambos fazem uma dupla bem homogênea e tocam a trama com maestria.

O filme, o tempo inteiro sugestiona atitudes de Miles a serem justificadas por uma doença mental, por uma forma de autismo associado ao QI elevado, por abusos familiares, ou então por fenômenos sobrenaturais como a reencarnação e a possessão demoníaca.

O roteiro entrega elementos suficientes para se adotar uma tese baseada em qualquer desses elementos, o suspense psicológico vai aumentando enquanto não descobrem a solução, enquanto isso, tudo vai ficando mais agressivo em doses homeopáticas, seguido de uma trilha sonora densa e sombria que da ainda mais tensão a cada cena ou corte de câmera, até chegar ao ponto onde o roteiro ja se torna óbvio, então é hora de se pensar em como vai ser o grande desfecho, que também surpreende com a cena final.

O diretor demonstra nesse longa, a habilidade na construção de clima, com tomadas em câmeras deslizantes e lentas em direção a rostos e sombras, vultos a meia luz e olhares fixos, tudo de forma sutil e elegante, sem o uso de barulhos ou cortes abruptos que causam sustos forçados, tudo é muito eficaz e transforma tudo em MALIGNO, estéticamente refinado, vale a pena conferir, amantes de suspense psicológico.

Essa resenha você pode ler também no site www.agitossp.com.br na aba RESENHAS … Agitossp

Borba Martini – Critico de Cinema e Teatro

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