RESENHA – MALÉVOLA 2 A DONA DO MAL

 

Aos fãs de Disney, e todas as suas fábulas, eis que a segunda parte de Rainha do Amor, ou do Ódio, veio pra mostrar que não existe somente vilões que são movidos apenas pelos sentimentos negativos, mas pelas frustrações de sentimentos positivos, porém mal interpretados ou platônicos.

Mais uma live-action de clássicos da animação da Disney, baseada na história da Bela Adormecida e recriada para mostrar a grande vilã, talvez a mais famosa de todo conceito, com uma linguagem bem atual, Malévola 2, traz um filme deslumbrante e didático, mostrando a origem da vilã, em belos cenários, e um punhado de seres mágicos dos Moors que não têm a menor função na trama, além de sua beleza e uma maquiagem impecável, entre paisagens coloridas e sombrias, a fotografia brinca com o colorido e o obscuro, esses são os dois pontos mais altos do longa.

Malévola 2 é um filme que intencionalmente opta por personagens femininas fortes, é mais um filme que joga na cara do espectador, a história do empoderamento feminino desnecessário, e que vem cada dia mais crescendo de forma política no cinema, mais ainda mostrando quanto a figura masculina vem se tornando cada vez fraca e obsoleta em filmes como os de vilãs e super heroínas, esse já é um efeito colateral do gigantismo que enfraquece esta sequência, tira-se por base, a rainha Ingrith (Michelle Pfeiffer), desfilando com maestria a sua vilania pelo filme e mostrando quem de fato manda na trama, deixando o rei e o principe totalmente obsoletos, até a própria Aurora, se mostra mais convincente, mesmo que princesas Disney, nunca me convencem.

O filme só fica interessante no terço final, diante da longa batalha campal, que se estende por variados personagens e situações, mesmo que sirva como apse dos efeitos especiais em chroma key, são realizados de uma forma bem bonita, principalmente nos voos rasantes de sua protagonista, e suas infinitas trocas de roupagens, digam-se de passagem, maravilhosos, um desfile de moda voando na tela o tempo todo, belos, porém vazios até o desfecho pra lá de previsivel, até nas falas.

Angelina Jolie é competente o suficiente para entregar uma atuação convincente, já Michelle Pfeiffer rouba a cena sempre que aparece, mesmo em um roteiro bastante simplório, enquanto Chiwetel Ejiofor é a ternura em pessoa, nada além das características de seu personagem.

O longa tenta repetir a fórmula de sucesso do primeiro filme, para agradar o público de alguma forma, seja ela qual for, tornando seus personagens populares, numa história que envolva o espectador, mostrando que a franquia pode vir a tomar outros rumos no futuro, Malévola 2 é um filme morno e de roteiro simples, que perde a originalidade do primeiro, mas que tem todo o brilho Disney, colorido e com uma vilã que nao pode exceder suas medidas, essa é a caracteristica da poderosa Disney, sendo Disney, um filme bonito e colorido, mas sem qualquer conteúdo que marque uma história de princesas e vilãs.

Borba Martini – Critico de Cinema & Teatro

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