RESENHA – HOMEM ARANHA, LONGE DE CASA

O infanto juvenil não fica só por conta do super herói Homem Aranha, mas carrega também o esteriótipo de todo longa, onde os primeiros 10 minutos são fundamentais para os fãs de Vingadores, e claro, uma homenagem feita de forma divertida aos que partiram dessa pra melhor.

Homem Aranha longe de casa é um filme brando, comparado a tudo que o universo Marvel vem produzindo, tem a ingenuidade adolescente e a maldade humana se fundindo num multiverso de holografia, até a paixonite aguda do garoto Peter com a Marry Jane.

E falando de Multiverso, é nisso que o filme foca, como uma espécie de MIB, o longa se desenrola no pós “BLIP” do fim de Vingadores, cheio de piadas e uma diversão colorida do super Aranha combatendo o suposto Anti-herói, ou falso Super-Herói MYSTERIO.

É claro que Peter não seria ninguem sem o toque magico de Tony Stark e toda sua tecnologia, que por sinal, e constantemente lembrado e citado nesse filme, e claro, deixando uma pecinha do seu imenso quebra cabeças tecnológico, de presente para o garoto Peter, que e o ponto focal de toda a batalha existente nesse longa.

O enigma, até então, que passa pelo Mysterio, em duas ramificações distintas, vai do óbvio ao underground decorrente dos rastros deixados pelos super-heróis, la do primeiro Vingadores, com a mensagem subliminar deixada pela bagunça provocada por Thanos.

Se De Volta ao Lar já trazia um certo incômodo pelo excesso de tecnologia como uma espécie de muleta ao personagem do carismático Tom Holland num ambiente adolescente, agora em Longe de Casa há ainda menos do herói aracnídeo no que o Cabeça de Teia representa, e praticamente um Speed Racer em pele de Aranha, com tecnologia exacerbada, e muito, muito foco na realidade virtual extremamente avançada, diante disso vem o maior pecado do longa, a maior contradição, ao ignorar por completo o conceito do “grandes poderes trazem grandes responsabilidades” para inserir dúvidas acerca dos sacrifícios exigidos em ser um super-herói, tudo por conta de um romance platônico até então, pode até ser proposital da equipe de produção, diante do peso que a MARVEL carrega no, pós-Ultimato,
mas soa como se fosse um herói genérico qualquer, deixa uma certa frustração: não basta apenas vestir o traje do Aranha e sair balançando teia afora, é preciso encarnar o que significa o personagem de fato.

Com cenas de ação competentes que exploram bem imagens captadas através de drones, Homem-Aranha: Longe de Casa cumpre de forma correta a função de ser o dia seguinte de Vingadores: Ultimato, com narrativa leve e divertida em meio ao caos vivido por todo o elenco juvenil, trata-se mais de uma comédia de aventura da sociedade moderna que funcionaria mais se não sacrificasse tanto a imagem do super-herói, resta aguardar a terceira parte pra podermos acompanhar a evolução dele e do que o envolve.

É um bom entretenimento pra curtir com a família, saboreando um bom balde de pipoca, doce, de preferência.

Borba Martini – Critico de Cinema e Teatro 

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