RESENHA – CATS

 

Tom Hooper parece que tentou trazer a figura humana, nos gatos, apelando ao extremo para a realidade virtual, o que não convenceu em nada, uma vez que ficou extremamente apelativo e desgastante aos olhos do espectador.

A comparativa com o espetáculo, fica bem longe, talvez, essa produção, nem deveria ter se tornado um filme, pois quem conhece e assistiu no teatro, acaba reparando muitos detalhes que são escondidos, dada a distância do palco para o público, o que torna tudo mais belo, real e lúdico, ja na tela, tudo muda, gatos com feições humanas, que passam bem longe de parecer naturais, tem seus movimentos, principalmente faciais, totalmente artificiais.

O musical é extremamente bem coreografado e de encher os olhos, a musicalidade, dispensa qualquer comentário, é nítido, o quanto está fiel, e tocante, diante de cada história individual, na qual o longa vai apresentando seus personagens.

A cereja do bolo desse filme, fica por conta da direção de arte, a fotografia é um plus, mostrando a dimensão dos cenários gigantes em relação aos gatos, mas existem falhas, em muitas danças, os gatos parecem flutuar, devido ao CGI carregado demais, isso tira o brilho do filme.

Cada interpretação não deixa a desejar, brilhantes atuações de Jason Derulo, Taylor Swift e Jennifer Hudson, porém a computação gráfica mais uma vez vai contra a proposta, parece que os lábios não combinam com o que é cantado.

Idris Elba como antagonista, é fraco, muito humano para o contexto, a Velha Deuteronomy (Judi Dench), parece mais o Leão de OZ.

O Musical, na telona, ficou muito surreal, deixando dúvidas do que de fato foi apresentado, mais humano do que gato, parece que a overdose de “Catnip” na produção, fez com que a equipe perdesse a mão.

Borba Martini – Critico de Cinema & Teatro

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