RESENHA – BRINQUEDO ASSASSINO

Por um leve momento, achei que não encontraria um filme pra poder jugar como o pior visto nos ultimos dez anos, e olha que já vi filmes ruins, do tipo A Bruxa de Blair, mas essa nova versão de Brinquedo assassino é o fiasco total, diferente daquele de 1988, Chucky agora é mais do que um boneco, nem foi possuído por um espírito maligno, muito menos, tem o clássico estereótipo que os fãs gostam , mas uma inteligência artificial criada pela empresaKaslan, Chucky agora é uma espécie de controle remoto pra fazer tudo sozinho na sua casa, inclusive chamar o “uber” que também tem inteligência própria.

A ideia até que seria boa, mas não pra ser adotada num clássico do cinema, deveriam inventar outro boneco pra isso, mas, tentaram trazer Chucky de volta de alguma forma, erroneamente, tanto quanto a produção não se importar em criar um clima ou gerar um suspense em torno do boneco, pelo contrário, a intenção já é mostrada logo de cara, sobre tudo que vai acontecer, o que deixa a trama bem rasa desde o início.

Esse Chucky vem com um defeito de fábrica, que se aprimora através dos humanos, e aos poucos vai se tornando cruel, uma espécie de espelhamento humano e uma série de pecinhas que vão se juntando e tornando o boneco, um verdadeiro assassino, sem separar a ficção, da realidade, com piadas soltas no decorrer do filme, truques de câmera e efeitos bem fracos, o boneco acaba se tornando algo mais forte que qualquer ser humano ou máquina, aparecendo nos lugares mais previsíveis possíveis sem qualquer explicação, triste ver o quanto a produção é fraca, com um roteiro até interessante, mas as cenas “gore B”, indo ao limite do trash, acabam deixando o filme extremamente ruim, o que de fato salva o filme, é o começo, diante de toda a construção da personalidade do boneco, mostrando que ele é mais assustador por sua inteligência do que por qualquer outra situação, mas cai por terra no decorrer da trama, principalmente com um final extremamente decepcionante, transformando tudo num desastre total que vai ao cúmulo do trash, sem contar que as atuações são muito amadoras e cheias de canastrices.

Esse é um dos poucos filmes que não recomendo, principalmente pra quem já era fã do real Brinquedo Assassino e viu ao longo do tempo, a decadência da franquia.

Borba Martini – Critico de Cinema & Teatro

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