RESENHA – ANNA, O PERIGO TEM NOME

 

Um filme de produção francesa, alias, mais um da mesma produção, com a mesma pegada de espionagem, dando ênfase á figura feminina como James Bond de saia, desde Nikita, os produtores têm abusado dessa temática, e parece não ter fim, até Jolie ja entrou nessa, com Salt, a bem da verdade, é que esses filmes de espionagem, gato e rato, sempre são bem atrativos e inteligentes, é entretenimento garantido sempre, independente do enredo, com ANNA, não é diferente, e nesse caso a simples modelo, é muito mais do que isso, uma espiã em potencial, dentro de uma guerra da KGB e CIA, por aí dá pra sacar como o filme se desenrola.

Anna (Sasha Luss)tem infinitas facetas, uma personagem muito bem trabalhada, graças a montagem e suas passagens que vão e vem no tempo, numa linha temporal interessante, tanto pra mostrar quem é a protagonista, quanto criar o clima de suspense durante o longa, e funciona bem, mas não trás muita novidade desse mundo de espionagem, o foco está mais na sua rotina como agente da KGB e todos os percalços pelos quais passa, fundindo-se ao seu disfarce de modelo internacional, mas com uma leve diferença da maioria dos filmes do gênero, sem apelo sexual, apenas usando a sua astúcia e inteligência, usando tudo isso em busca de sua liberdade.

O roteiro é simples e puro, o básico para filmes de espionagem, o elenco conduz muito bem os núcleos, principalmente o personagem Olga (Hellen Mirren), um monstro em cena, as narrativas mesclam o inglês, russo e francês, também muito bem conduzidas, a fotografia, girando em torno de vários ambientes diferenciados, dos três países, é belíssima, e todas as cenas de ação e lutas, acontecem de forma trivial e muitíssimo bem coreografadas.

O filme não gira apenas no mundo obscuro dos espiões, mas também no mundo da moda e toda depressão que a fama causa ás modelos, o que é uma grande cutucada subliminar, principalmente na cena de um fotógrafo soberano que humilha modelos.

ANNA é só mais um filme do gênero, com um toque de beleza, no estilo Atômica e ação eletrizante no estilo John Wick, e com aqueles finais Scooby Doo, sempre diferentes e inteligentes, logo, é entretenimento garantido.

Borba Martini – Crítico de Cinema & Teatro

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