
O preço do café vem sofrendo elevações significativas. A combinação de fatores climáticos adversos, o aumento da demanda global e a especulação do mercado fez com que o produto aumentasse mais de 30% apenas no último ano, segundo dados do IBGE. Como reflexo, empresas menos comprometidas com a qualidade têm buscado alternativas para reduzir custos, e é aí que o chamado “café fake” entra em cena.
“Esse café de baixa qualidade geralmente resulta da mistura de grãos defeituosos, como os verdes, pretos, com cascas, impurezas e até outros ingredientes moídos não identificados”, afirma Eduardo Ledo, consultor de campo da rede de cafeteria Cheirin Bão.
Como saber se o café é realmente bom?
A qualidade de um café vai muito além da aparência e da marca. Segundo o Q-Grader eespecialista em cafés especiaisda rede, Paulo César Junqueira, sabor, acidez, amargor e corpo são alguns dos principais critérios a serem observados. “Um bom café deve apresentar sabor agradável, notas perceptíveis (como florais ou carameladas), acidez equilibrada e corpo aveludado. O amargor, quando presente de forma intensa, pode indicar torra exagerada ou uso de grãos de baixa qualidade. Além disso, um sinal de alerta importante é a adstringência, sensação de secura na boca, comum em cafés com grãos verdes ou mal processados”, afirma o especialista.
A cor da bebida deve ser marrom equilibrado, sem tons escurecidos demais. O aroma também é um indicativo importante: um cheiro carbonizado pode sinalizar problemas na torra ou na matéria-prima. Cafés frescos costumam exalar perfumes adocicados e complexos.
Também é possível identificar a qualidade na preparação doméstica. Uma dica simples é observar a formação da crema, aquela espuma densa e uniforme que se forma ao despejar água quente sobre o pó. Sua presença é sinal de frescor. Já a ausência de espuma ou surgimento de bolhas excessivas acompanhadas de escurecimento da bebida podem indicar um produto envelhecido.
E na hora da compra?
Alguns pontos importantes precisam ser observados, entre eles estão:
- A embalagem: no café fake o rótulo do produto estará descrito como “pó para preparo de bebida sabor café tradicional.” Já o pó de café original vem bem especificado. A legislação brasileira determina que as embalagens apresentem informações relacionadas aos tipos de grãos e misturas.
- Selos e certificações: produtos sem qualquer selo devem ser vistos com desconfiança. Algumas das principais certificações no Brasil são: Specialty Coffee Association (SCA), Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), Associação Brasileira de Cafés (BSCA).
Detalhes como região de origem, altitude, nome do produtor e variedade dos grãos também são positivos, pois indicam rastreabilidade e comprometimento com a qualidade. Cafés especiais podem apresentar selos de origem controlada e programas de certificação e os tradicionais podem conter apenas o selo de pureza.
Os cafés da rede Cheirin Bão são certificados pelo BSCA, SCA e também possuem o selo de rastreabilidade e origem da Mantiqueira de Minas, local de produção dos grãos.
Sobre a Cheirin Bão
A Cheirin Bão é uma franquia da Holding Universal Franchising, que passou a integrar o grupo em 2016, recebendo um novo conceito que hoje é o principal motivo do seu sucesso. Muito mais do que cafeteria de cafés especiais, nos tornamos especialistas em proporcionar momentos únicos e criar boas memórias por meio de sensações e aromas que remetem às melhores lembranças da nossa vida. São mais de 900 franquias por todo o Brasil, o que torna a Cheirin Bão a principal cafeteria do país.