Entrevista com Chef Henrique Fogaça

Confira a entrevista que fizemos com o Chef Henrique Fogaça, apresentador do Reality Show Masterchef na Band e sócio dos restaurantes Sal Gastronomia e Cão Veio.

1. Como você descreveria a sua abordagem única para a culinária?

Acredito que na culinária, a verdadeira essência dos sabores e a qualidade dos ingredientes se revelam na simplicidade. Minha abordagem segue uma linha contemporânea, reconhecida por harmonizar alta gastronomia com a culinária brasileira, transformando ingredientes comuns em pratos criativos.

2. Quais são os ingredientes ou técnicas culinárias que você mais gosta de explorar em seus pratos?

Minha culinária se baseia nos ingredientes brasileiros. Costumo usar ingredientes vistos como comuns e os transformo em pratos elaborados, repletos de sabor. Acredito que o meu diferencial é o amor pelo trabalho, gostar de cozinhar, do ambiente da cozinha, de poder servir, receber as pessoas.

3. Como é a sua relação com a gastronomia de rua e como você a incorpora em sua culinária?

A gastronomia de rua faz parte da minha essência. Comecei minha carreira na gastronomia com carrinho de rua, que mais pra frente foi chamado de food truck. Vendia hambúrguer e hot dog. Em 2012 criei a Feira Gastronômica de comida de rua em São Paulo. No Cão Véio, Gastropub que inaugurei em 2013, incorporo lanches e petiscos muito presentes nos food trucks, mas de forma mais elaborada, com o diferencial do ambiente descolado.

4. Quais são os seus pratos favoritos para preparar em casa, fora do ambiente profissional?

Amo fazer comida caseira para a família, me traz lembranças boas. Os pratos vêm da época dos meus pais, uma comida gostosa, simples, farta em um lugar aconchegante que consegue servir bem toda a família. Por isso, meu prato favorito é arroz, feijão, farofa, um bife acebolado e um ovo frito com gema mole.

5. Quais são os aspectos mais importantes que você considera ao criar um novo menu para um restaurante?

Para criar um menu novo, sou muito cuidadoso. Quando a gente vai amadurecendo e tendo mais conhecimento, tem mais ferramentas disponíveis nesse processo. Eu trabalho muito com as cores. Acredito firmemente que a experiência gastronômica começa visualmente, passa pelo aroma e, por fim, chega ao paladar. Portanto, enfoco fortemente o mix de combinações e o equilíbrio para garantir uma experiência sensorial completa.

6. Qual é a importância da apresentação visual dos pratos na sua opinião?

Então, como falei, nós comemos antes com os olhos. A apresentação do prato é muito importante para atiçar o apetite, a vontade de comer aquele prato. Por isso, foco muito nesse visual nos meus pratos.

7. Quais são os seus hobbies ou interesses além da culinária que contribuem para sua criatividade?

Eu sou uma pessoa que gosta de viver novas experiências, de estar em movimento. Eu gosto desse movimento, de me desafiar, isso me traz mais criatividade para a gastronomia. Tenho o Oitão, banda de hardcore que sou vocalista também é uma válvula de escape para a minha criatividade. O esporte, principalmente as artes marciais, faz parte da minha rotina e me ajuda na minha ansiedade, na minha hiperatividade, na minha autoestima, me traz paz interior. E claro, gosto de estar com a minha família e os meus filhos, com certeza eles são a minha maior fonte de inspiração.

8. Quais foram as lições mais valiosas que você aprendeu ao longo da sua carreira como chef?

Aprendi várias lições, mas uma das mais importantes é confiar no meu trabalho. Quando decidi largar uma vida mais estável para virar chef, que na época parecia incerto, tive que ter confiança em mim mesmo e no meu potencial. Deu certo, então aprendi que esse é um dos elementos para o sucesso.

9. Quais são os seus restaurantes ou chefs inspiradores que você acompanha ou admira?

Na gastronomia me inspiro nos chefs Anthony Bourdain dos EUA e o Ken Tan, da Bélgica.

10. Qual é a sua opinião sobre a importância da competição e da pressão no desenvolvimento dos participantes do MasterChef?

O Masterchef, assim como outros programas do gênero, tem o poder de mudar a vida de muita gente: não só quem participa ativamente, como também de quem diz que se interessou e aprendeu a cozinhar assistindo a atração. Há diversos casos de ex-participantes bem sucedidos que comprovam que sim, o Masterchef é um ótimo caminho para quem quer ganhar visibilidade como cozinheiro e essa pressão pelo desenvolvimento dos participantes é importante ajuda nesse processo. A cozinha é um ambiente que exige foco e atenção constantes.

Além disso, o programa foi uma ótima forma de mostrar as diferentes cozinhas e produtos brasileiros, valorizando a nossa cultura.

11. Como você enxerga o futuro do MasterChef e programas similares na televisão brasileira? Há novidades ou mudanças que podemos esperar nas próximas temporadas?

Estamos caminhando para a 11ª temporada do Masterchef e o sucesso continua. A equipe do Masterchef é como uma família pra mim, a relação que construímos torna o trabalho mais leve e divertido. A essência do programa permanece a mesma, por isso estamos no ar há tanto tempo. É uma combinação de fatores: um trabalho impulsionado pelo amor à gastronomia, a competência da equipe, a seleção dos participantes, a produção dos episódios em si, e, é claro, os jurados. Vem aí uma temporada voltada para os confeiteiros, a grande novidade deste ano!

Entrevista por Sérgio Lima Junior

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