Enem: o que esperar da prova de História

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A prova de História do Enem é considerada por especialistas como bastante cansativa, pois exige dos candidatos a leitura de textos densos, interpretação de enunciados e imagens, além do domínio de conceitos e acontecimentos históricos.

Segundo o professor de História do Colégio Semeador, de Foz do Iguaçu (PR), Matheus Lima, é preciso estar preparado para uma prova de resistência. “É muito importante que o estudante já esteja familiarizado com o Enem e tenha resolvido algumas provas de edições anteriores para entender a lógica da prova de Ciências Humanas. No Enem, o candidato não pode simplesmente pular a leitura atenta do texto de apoio e seguir para a questão em si. Também é fundamental prestar atenção especial às opções de respostas, que geralmente são muito conceituais. Portanto, o estudante deve dominar previamente alguns conceitos para ter condições de responder corretamente a questão”, explica.

O professor de História do Colégio Passo Certo, de Cascavel (PR), Rafael Penteado, acrescenta que o Enem tem se concentrado em avaliar não apenas o conhecimento factual dos estudantes, mas também as habilidades de análise, interpretação, argumentação e resolução de problemas em diversas áreas do conhecimento. “Há um destaque significativo para a interpretação de textos, seja eles em gráficos, tabelas, charges, mapas ou textos escritos, que são fundamentais para responder às questões. Além disso, é importante lembrar que o Enem costuma abordar questões interdisciplinares, relacionando História a outras áreas do conhecimento, como Geografia, Sociologia e Filosofia”, completa.

Com base na análise das últimas edições do Enem, os especialistas destacam aspectos essenciais que os estudantes devem revisar e dominar para obter um bom desempenho na prova de História nesta edição do exame. O professor Rafael Penteado lista os seguintes tópicos na História Geral como fundamentais para que os estudantes tenham uma visão abrangente, possibilitando compreender as raízes das sociedades contemporâneas, os desafios enfrentados ao longo dos séculos e as influências que moldaram o mundo atual:

Idade Antiga

É importante focar nas civilizações antigas, como egípcios, gregos, romanos e povos mesopotâmicos, e compreender as origens e o desenvolvimento dessas civilizações, bem como sua influência no mundo contemporâneo. Deve-se saber analisar as contribuições dessas civilizações para a arquitetura, filosofia, política, arte e ciência.

Idade Média

Penteado sugere incluir no estudo dessa era o feudalismo, a expansão islâmica, a influência da Igreja Cristã, as Cruzadas, as relações de vassalagem e a sociedade feudal. “Além disso, é importante compreender a organização social, política e econômica da Idade Média, incluindo o sistema feudal e a influência da Igreja. Analisar ainda os conflitos e as interações entre diferentes culturas e religiões durante esse período”, sugere.

Idade Moderna

De acordo com o professor, é preciso estudar o Renascimento, a Reforma Protestante, a Revolução Científica, as Colonizações, as Revoluções Inglesas e o Iluminismo. “É fundamental compreender as transformações culturais, científicas e políticas que marcaram o Renascimento e a Reforma. Analisar o impacto das descobertas científicas, expansões territoriais e movimentos políticos como o Iluminismo na sociedade”, aponta.

Idade Contemporânea

Para esse período da História, o professor pede ênfase às Revoluções (Revolução Industrial, Revolução Francesa, Revolução Russa), ao Imperialismo, ao totalitarismos e descolonização do século XX, assim como às Guerras Mundiais e à Guerra Fria.

História do Brasil

Dentro da História do Brasil, a orientação do professor Matheus Lima é que os estudantes revisem com especial atenção os seguintes tópicos:

Brasil Colônia

Nas edições anteriores do Enem, de acordo com Lima, as questões relativas ao período colonial brasileiro exploraram o contexto da Idade Moderna e a dinâmica que caracterizou o Brasil daquela época. “É importante considerar nesse caso a influência cultural dos povos africanos trazidos como escravos para as Américas, os conflitos entre as populações indígenas nativas e os colonizadores europeus, a evolução geográfica do território brasileiro, os diferentes ciclos econômicos que moldaram a economia e as questões políticas que nortearam a administração colonial”, indica.

Estado Novo e Populismo

Neste contexto, Lima reforça que é preciso explorar um período de 15 anos, que vai de 1930 a 1945, abrangendo o governo de Getúlio Vargas e a transição para a Ditadura Civil-Militar de 1945 a 1964. “É necessário destacar a figura de Getúlio Vargas, que alternou entre governos constitucionais e ditatoriais. Também é fundamental considerar as mudanças sociais e culturais que impactaram o Brasil nesse período, incluindo as políticas trabalhistas de Vargas e os planos de desenvolvimento de Juscelino Kubitschek”, orienta.

Segundo reinado

O professor Lima ressalta que estudar a Monarquia Brasileira é essencial para o Enem, pois esse período histórico é fundamental para entender a formação do Brasil e sua identidade. Os principais temas a serem observados incluem a Independência, o período imperial com Dom Pedro I e Dom Pedro II, a escravidão e sua abolição, questões políticas e sociais, economia, movimentos culturais, questões indígenas e relações internacionais, além do fim da monarquia com a Proclamação da República. “Compreender esses tópicos é crucial para uma análise crítica da história do Brasil”, ressalta.

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