Don Diablo lança Hexagon 2.0, uma nova etapa de sua marca icônica após uma década de sucesso, com o single “Freek Like Me” como carta de apresentação.
O selo HEXAGON tem dez anos e seu fundador, Don Diablo, decide celebrá-lo com um compromisso renovado: menos lançamentos, mas mais relevantes. O produtor holandês, referência do future house, abre esta nova etapa com o single “Freek Like Me“, uma música que combina sons nostálgicos e design futurista. É assim que começa a era Hexagon 2.0.
O que começou como um remix no Beatport acabou se tornando uma das plataformas mais influentes da música eletrônica. A HEXAGON se tornou mais do que apenas uma gravadora; Tornou-se uma comunidade, um trampolim para novos talentos e uma marca global que ajudou a definir o som do future house na última década.
Durante esses anos, a gravadora recebeu colaborações com artistas renomados como Major Lazer, Robbie Williams, MK, Jamiroquai, Galantis, Gucci Mane ou Felix Jaehn. Ele promoveu sub-gravadoras como Generation Hex e Hexhibition, expandindo seu alcance e influência no cenário eletrônico global.
Don Diablo foi até nomeado o produtor mais apoiado do mundo em 2020, de acordo com 1001Tracklists, e seu álbum FORΞVΞR ultrapassou o limite de um bilhão de streams no ano seguinte. São números que refletem não apenas o sucesso comercial, mas uma conexão autêntica com milhões de ouvintes.
Hexagon 2.0 : qualidade vs. quantidade
Com a chegada do HEXAGON 2.0, Don Diablo (cujo nome verdadeiro é Don Pepijn Schipper) quer marcar um ponto de virada. O foco muda: o ritmo frenético dos lançamentos semanais acabou. Agora, cada faixa buscará um maior impacto emocional e artístico. E é uma tendência que outras gravadoras, marcas e artistas podem estar seguindo para fugir do barulho e buscar maior qualidade.
“A nova era é sobre se conectar com as pessoas, não apenas alimentar algoritmos”, disse o artista. Seu objetivo é que cada publicação tenha intenção, alma e uma linha sonora mais definida. Nas palavras de Don Diablo, Hexagon 2.0 é um retorno à “essência”, combinando os sons house com os quais ele cresceu e as técnicas de produção mais avançadas. Ele batizou essa abordagem como NeoNostalgia.
O single “Freek Like Me” é o primeiro exemplo dessa nova direção. Uma fusão entre o house clássico dos anos 90, o garage do Reino Unido e a produção moderna, com uma linha vocal cativante, sintetizadores com personalidade e uma estrutura rítmica pensada para a pista de dança.
Além da futura casa
A discografia de singles de Don Diablo é testemunha de como o produtor buscava um nicho no som genérico Big Room, até que em 2015 aproximadamente, ele descobriu seu próprio som. Future House começa a fazer o seu caminho e logo músicas como “Chemicals” e “Cutting Shapes” se destacam, que se tornam sucessos instantâneos. Parece que o produtor conseguiu perceber a mina que acabara de encontrar.
Agora, parece que ele quer se abrir para novos sons por precaução… o futuro para de funcionar. No início de 2025, ele introduziu seu pseudônimo CONTROL ALT DΞLΞTΞ, sob o qual ele se aprofunda no drum & bass. O tema da apresentação foi Maniac, uma reformulação do clássico de Michael Sembello que mistura a energia dos anos oitenta com uma estética sonora cyberpunk.
Este novo projeto reflete uma preocupação criativa que se afasta das fórmulas repetitivas. Nas palavras do próprio artista: “Sempre fiz bass music, mas agora senti que era hora de dar vida a este projeto”. Tudo aponta para que CONTROL ALT DΞLΞTΞ tenha continuidade para o resto do ano, expandindo o espectro sonoro do artista para além dos limites da future house.