Dj Patife

Confira nossa entrevista com DJ Patife, ele fala sobre sua carreira, produção e novidades. DJ Patife, nome artístico de Wagner Ribeiro de Souza é um DJ brasileiro de drum’n’bass, atualmente radicado em Brasília.

1 – Patife nos fale sobre quando, começou sua carreira de dj.

R: A carreira profissional iniciou-se em 1995 quando me tornei DJ residente na Arena Music Hall. Porém, no final dos anos 80 eu dei os primeiros passos em bailinhos de garagem, na escola, quermesses, festas de aniversários, casamentos, quermesses e eventos do tipo.

1991, participei do grupo de Rap Fatos Reais o qual me proporcionou grande aprendizado. As equipes de som e os programas de rádio da Bandeirantes Fm 96,1 e Nova FM Record 89,7 foram as diretrizes e fonte de informações ao meu alcance.

2 – Qual foi a maior dificuldade no inicio da carreira?

R: Dificuldade financeira. Pois comprar os discos, ou melhor, música para tocar era muito caro. Tudo era importado. Ter acesso a bons equipamentos também foi uma grande barreira. E claro, oportunidade e a tão esperada “hora certa”

3 – Você lembra de sua primeira gig internacional?

R: Sim. A primeiríssima foi em 1997 na cidade de Bruxelas. Uma festa de amigos que tinha como organizadores os amigos da pessoa que nos recebeu naquela cidade, o Adrian Harley. Em 1999 as portas começaram a se abrir na Inglaterra, sendo Londres, Bristol e Reading as primeiras cidades que me apresentei.

4 – Sambassim  e Só tinha de ser com você, são dois clássicos brasileiros da musica eletrônica. Como foi produzir esse clássico, que ate hoje e tocado em eventos ate mesmo por djs internacionais.

R: Foi natural e sem nenhum planejamento. Sambassim foi o ponto de partida em meados dos anos 2000. Conheci a Fernanda Porto numa tarde de segunda-feira no Sesc Consolação e alí ela me deu uma demo de um futuro disco que ela estava produzindo. Daí, junto com o Xerxes de Oliveira que estava numa parceria com ela, nasceu o remix de Sambassim.

Só Tinha Que Ser Com Você tem uma magia e um encanto muito especial. Esse trabalho foi parar nas mãos do DJ Marky que acabou por me convidar e foi minha primeira experiência em estúdio com tudo à vontade. Músicos maravilhosos, a história da versão original, os arranjos, a parceria com Dudu Marote… o bateirsta Xandy do Pato Fu que estava um dia lá no estúdio e acabou participando também e por aí vai. E claro, a Fernanda Porto também deu sua mega contribuição nesse trabalho e fazia sentido, pois Sambassim estava nas pistas e na boca do povo. Após finalizarmos a produção, rolou também um remix do Mad Zoo (um grande parceiro de estúdio também) que foi incluído no meu segundo cd chamado “Cool Steps” pela Trama | Sambaloco Records.

5 – Existe uma apresentação sua com DJ Marky que era algo surreal, magico não tem palavras para descrever aquilo, que foi apresentação de vocês no Sonar Music Festival em São Paulo, 2012. Além das suas apresentações no Skol Beats. Quando podemos ver essa apresentação de novo desses dois ícones da música eletrônica brasileira?

R: O Sonar Music foi mágico mesmo. Inclusive, eu e ele não nos encontrávamos desde 2007.  Fomos nos ver 20 minutos antes de subir ao palco. Sem planejamento e muito menos ensaio. Por enquanto não tenho ideia de quando poderemos nos reunir num palco ou cabine de som novamente… o tempo dirá. 

6 – Quais são suas referencias musicas na hora de produzir uma música?

R: A maior referência é o amor. Mexer com as emoções das pessoas e expressar musicalmente o que estou sentindo. Sobre referências sonoras, tudo que vem do Jazz, Samba, Rap, Reggae, Soul me encanta e serve de inspiração e referência.

7 – Skol Beats foi um divisor de águas no Brasil, você acha que precisamos de mais eventos 100% produzidos no Brasil, para alavancar ainda mais a cena brasileira, do que ficar trazendo eventos gringos com um custo muito alto.

R: Acredito que todo tipo de evento pode agregar na cena brasileira. Mas, sabemos que os interesses e propósitos  são os direcionadores das coisas. É fato que nos últimos anos, muitos festivais nacionais nasceram e se tornaram sucesso, como por exemplo o Bananada em Goiânia. 

8 – Pandemia chegou e pegou todos de surpresa, O que você anda fazendo nessa pandemia? Produzindo ou mantendo uma vida saudável e mental?

R: Tentei surfar na onda das “lives”, mas não me adaptei . Dei início a produção de um novo disco e não consegui terminar ainda. A vida me deu uma surra nos últimos 18 meses e ficou claro que o caminho a seguir é o de buscar novos desafios, novos conhecimentos e transformação pessoal. Assim, tô mergulhado em cursos,  estudos e leituras para uma nova realização pessoal e profissional.

9 – O que podemos esperar do DJ Patife para 2022, pós pandemia produção nova vindo?

R: Pode ser que o disco que comecei em 2020 seja lançado em 2022, vamos ver 😉

10 – Qual lugar que você ainda sonha em se apresentar, pode ser um país ou festival?

R: É com muita alegria que digo já ter tocado em todos os lugares e eventos que sonhei. Toquei até onde nem imaginamos. Então, posso dizer que estou realizado. Mas, tenho curiosidade em tocar na Índia, Coréia Do Sul e ir aos lençóis Maranhense.

11 – Um Top Music 8 feito por DJ Patife

R: Poxa… isso não se pede a um amante de música! Que maldade rs rs rs

1 – Bruno Mars, Anderson Paak, Silk Sonic – Leave The Door Open

2-  Jorge Ben Jor – Olha O Menino

3 – Jacob Miller – Tenement Yard

4 – Alicia Keys – That’s How Strong My Love Is

5 – Bebel Gilberto – August Day Song

6 – Wynton Marsalis & Bobby Mcferrin – Baby, I Love You

7 – L-Side feat. Darrison MC – Don’t Look Back

8 – Racionais – Fim De Semana No Parque

9 – Michael Jackson – Heal The World

12 – Uma dica para quem está começando na carreira de dj.

R: Pergunte-se: Para que vou entrar nisso? O que eu quero? Por que? Amo música? Quero fama ou dinheiro? É Hobby? Prazer? Passatempo?

Daí, as respostas serão as dicas.

13 – O que você gosta de fazer nas horas vagas?

R: Estar com os meus filhos e/ou amigos

14 – DJ Patife obrigado novamente pela entrevista, deixe uma mensagem para seus fãs que aguardam ansiosamente a oportunidade de vê-lo. 

R: Minha gratidão sempre pela presença em cada evento com seu sorriso, alegria e energia. Agradeço o apoio desde o início, a inspiração e carinho. Abraço cheio de saudade.

Entrevista feita por Sérgio Lima Junior

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