Anatel e Claro explicam a implementação do 5G no Brasil

Em entrevista exclusiva concedida ao jornalista Rodrigo Lico, a Claro e a Anatel (Agência Nacional de telecomunicações), esclarecem como será a efetivação da nova tecnologia 5G. Sanam dúvidas com relação às mudanças e execução desta revolucionaria engenharia cientifica nas plataformas digitais, de como se dará a
migração gradual para esta nova plataforma, a cobertura em todo o território nacional, os efeitos na economia nacional, nos postos de trabalho e impacto no setor de telecomunicações.

A Claro esclarece que através da tecnologia DSS (Dynamic Spectrum Sharing, ou, na tradução, Compartilhamento Dinâmico de Espectro), a rede da operadora passará a distribuir recursos dinamicamente entre os smartphones atuais, que operam nas gerações anteriores, e os novos, que sejam compatíveis com a nova rede 5G DSS.
A estimativa é que a velocidade de conexões seja 12 vezes mais veloz que o 4G convencional. A companhia destaca que também é líder em Telecomunicações na América Latina e uma das maiores operadoras de multisserviços do Brasil, presente em todas as regiões do país. Está em mais de 4.200 municípios brasileiros e suas redes disponibilizam serviços a mais de 96% da população.

Em São Paulo, a cobertura 5G DSS da Claro está disponível inicialmente na região da Avenida Paulista e Jardins. Estender-se pelos bairros Campo Belo, Vila Madalena, Pinheiros, Itaim, Moema, Brooklin, Vila Olímpia, Cerqueira César, Paraíso, Ibirapuera, além da região da Av. Berrini e também de Santo Amaro, onde fica a sede da Claro em São Paulo.  No Rio de Janeiro, os primeiros pontos de cobertura estão em Ipanema, Leblon e na Lagoa. Na expandidos por toda a orla, do Leme até a Barra da Tijuca, passando por Jardim Oceânico, Joá, São Conrado e Copacabana.
Em síntese a Claro revela que a rede 5G DSS inclui Rio e São Paulo. No futuro, a cobertura será estendida gradativamente, como ocorreu com as outras gerações de telefonia. Também reforça que não há qualquer cobrança a mais pela tecnologia, a tabela de preços da nova tecnologia se manterá estável e que emprega cerca de 110 mil pessoas direta ou indiretamente em todo o País.

Sobre o 5G a Anatel revela o passo a passo e licitição

O 5G é a quinta geração das comunicações móveis, também conhecida pelo nome de padrão IMT-2020 (definido pela União Internacional de Telecomunicações – UIT). A tecnologia encontra-se em estágio avançado de padronização no 3GPP (3rd Generation Partnership Project). Diferentemente das mudanças nas gerações passadas, o foco desta geração não está somente no incremento de taxas de transmissão, mas também na especificação de modos de serviço que permitam o atendimento às diferentes aplicações. A expectativa é que o 5G possa, finalmente, concretizar conceitos como Internet das Coisas (ou IoT) e aprendizagem de máquina em tempo real, promovendo uma verdadeira transformação na forma como as pessoas e organizações se relacionam na sociedade.

Entre os avanços esperados para o 5G podemos citar: 
•                    Aumento das taxas de transmissão;
•                    Baixa latência;
•                    Maior densidade de conexões (mais dispositivos conectados em uma determinada área);
•                    Maior eficiência espectral (quantidade de dados transmitidos em uma dada porção do espectro eletromagnético);
•                    Maior eficiência energética dos equipamentos.

Essa tecnologia tem o potencial revolucionar a sociedade como um todo, tendo em vista que ela é flexível e adaptável de acordo com a aplicação que se deseja usufruir. Uma das funcionalidades previstas para a quinta geração está o “network slicing” ou “fatiamento da rede” onde as características da rede poderão ser adaptadas de acordo com a necessidade. Enquanto vídeos de alta resolução (p. ex. 4K) podem demandar larguras de banda extremamente altas, aplicações como carros autônomos ou cirurgias assistidas demandarão latências extremamente baixas. Apesar de já existirem diversas aplicações IoT disponíveis do mercado, a tecnologia 5G promete massificar e diversificar esse tipo de aplicação. Apesar de ainda não possuir nenhuma rede comercial em 5G, já foram realizados testes utilizando a tecnologia e a Anatel tem trabalhado para disponibilizar uma grande quantidade de espectro identificado para utilização destas redes. Um dos principais desafios de implementação do 5G é o alto volume de investimentos necessários, seja na aquisição de radiofrequências, por meio do leilão, assim como no investimento da rede em si, que incorrerá nos custos de atualização tecnológica e de aumento de capacidade da rede, sendo necessária, a depender da faixa de radiofrequências a ser utilizada, a instalação de inúmeras estações rádio base (ERBs) para a prestação adequada do serviço.

A proposta de licitação passou por consulta pública e as contribuições estão em análise pelo corpo técnico e área jurídica da Agência para que, então, seja encaminhada novamente ao Conselho Diretor para deliberação. Levando em consideração as etapas processuais remanescentes, seria factível realizar as sessões públicas da licitação para conferência de autorizações de uso de radiofrequências nas faixas de 700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz ainda em 2020. Contudo, a Anatel vem entendendo mais adequado estender os debates com a sociedade, a fim de dar mais transparência às avaliações conduzidas e permitir que o certame ocorra em um ambiente em que os esforços das partes envolvidas possam ser direcionados ao desenvolvimento das novas redes, sem ser divididos entre ações em resposta à pandemia. Com isso, A expectativa da Agência é a de que a licitação ocorra no primeiro semestre de 2021.

Rodrigo Lico, publicitário, jornalista – MTB: 0061303-SP

Mostrar mais
Botão Voltar ao topo
Pular para o conteúdo

Adblock detectado

Ajude-nos a manter nosso conteúdo gratuito

O dinheiro que recebemos quando mostramos anúncios nos ajuda a produzir conteúdo e levar informação confiável para você